sexta-feira, 25 de outubro de 2019

joker.

joker é, em mim, um dos mais marcantes filmes que "vi".
"vi", porque não se vê apenas. poucas vezes me confrontou tanto um filme. com a responsabilidade de cada um em cada coisa, incluindo na/o outra/o. pelo que não é apenas na realização (muito interessante) ou no phoenix (portentoso) que o filme se baseia. antes num argumento incrível, escrito palavra a palavra numa busca de sentido "completo" e "integro" que atinge.
do início, que situa a narrativa num dia, num horário, numa temperatura (como que a posicionar-nos) e lhes acrescenta uma lágrima, à fotografia inicial (o pós-agressão, enquadrado no lixo que cresce nas suas laterais), ao cartão ("i have a condition"), à imagem do lavatório que se transforma e a entrada no frigorífico que o e nos "congela" e às reflexões confrontantes:
"o pior de ter doença mental é as pessoas esperarem que nos comportemos como se não a tivéssemos" (arthur fleck; joker).
tudo. todo.

joker
todd phillips
[2019]

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