sábado, 26 de outubro de 2019

são miguel.

a chegar de outra forma.
a gostar, sempre.


são miguel
outubro, 2019

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

joker.

joker é, em mim, um dos mais marcantes filmes que "vi".
"vi", porque não se vê apenas. poucas vezes me confrontou tanto um filme. com a responsabilidade de cada um em cada coisa, incluindo na/o outra/o. pelo que não é apenas na realização (muito interessante) ou no phoenix (portentoso) que o filme se baseia. antes num argumento incrível, escrito palavra a palavra numa busca de sentido "completo" e "integro" que atinge.
do início, que situa a narrativa num dia, num horário, numa temperatura (como que a posicionar-nos) e lhes acrescenta uma lágrima, à fotografia inicial (o pós-agressão, enquadrado no lixo que cresce nas suas laterais), ao cartão ("i have a condition"), à imagem do lavatório que se transforma e a entrada no frigorífico que o e nos "congela" e às reflexões confrontantes:
"o pior de ter doença mental é as pessoas esperarem que nos comportemos como se não a tivéssemos" (arthur fleck; joker).
tudo. todo.

joker
todd phillips
[2019]

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

badajoz.

outubro, 2019

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Everybody lies...

Big data como portentosa ferramenta de análise do comportamento humano. se já hoje, como será amanhã parece confrontar-nos, página a página. interessante livro de umas das pessoas que no mundo mas tem estudado e promovido o fenómeno do Big data, numa perspectiva de conhecermos (prevermos) os comportamentos com base nos comportamentos anteriores dos indivíduos e grupos e de que os dados são mais verdadeiros que o relato das pessoas. sem deixar de discutir as implicações éticas, recheado de interessantes exemplos, sublinha ainda os 4 poderes do Big data: oferecer novos tipos de dados; disponibilizar dados honestos, verdadeiros; permitir que nos foquemos num pequeno grupo de pessoas ou de dados; facilitar a experimentação de dados e de hipóteses.

everybody lies
seth stephens-davidowitz

“the algorithms know you better than you know yourself” (xavier amatriain; ex-data analista - netflix)

"tendemos sempre a exagerar a relevância da nossa própria experiência”

terça-feira, 8 de outubro de 2019

júlio e o presente.

vi pela segunda vez o (muito peculiar e interessante) pianista Júlio Resende, a solo.
vi pela segunda vez com o mesmo deslumbramento e, embora sem o encantamento da primeira vez, viajei no e com os improvisos e os maneirismos de um músico que soube projectar-se na música portuguesa, com a música portuguesa (em particular a partir de amália).
a certa altura pegou no microfone e disse que a música, a sua música, lhe dava presente num tempo tão carente de presente e tão focado no passado e no futuro. isso, presente. tenhamos presente. e que a arte e a sua fruição nos dêem, também, veículo para tal.
obrigado júlio.

júlio resende
teatro da trindade  [08.10.2019]

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

12 angry men.

o melhor (para mim) de um dos melhores. lumet sem grandes meios mas a fazer de um argumento poderosíssimo, que nos confronta (a todos, em tudo), um filme relevantíssimo para a história do cinema.
filme agora revisto e com tudo nele. desde a faca na mesa, ou como devemo-nos permitir a aceitar que coincidências mesmo muito coincidências podem mesmo acontecer. ou como me lembra a forma como devemos, quando moderamos, quando lideramos, agir para que a opinião prevalecente não deixe de permitir espaço para que a não prevalecente seja discutida - e como uma pessoa que me é muito querida me mostrou in loco como bem se faz isso.
um grande filme. e será sempre bom regressar a ele...

12 angry men
sidney lumet
[1957]