segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

IV

porque o permito? por invejar partes tuas? de ti?

take IV.

hoje.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

maria clara.

daqui a um mês...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

III

e como cabem dois "eus" tão grandes dentro de mim?

take III

hoje.

m, m, m e m

uau!!!!

martha, marcy, may, marlene
sean durkin
[2011]

domingo, 22 de janeiro de 2012

desgrça... à la coetzee.

coetzee é um dos escritores vivos que mais gosto.
e este é um livro seu. só poderia ser seu. só seu.
a áfrica em papel. no papel.
tal como a escrita de coetzee. simbólica mas não demasiado. simples mas não demasiado. contagiante mas não demasiado.
bom para coetzee. o que é (na realidade) muito bom.

disgrace (desgraça)
j. m. coetzee
[2009 | 1999]
"o crânio, e depois o temperamento: as duas partes mais duras do corpo."
"ser pai... não consigo deixar de pensar que, em comparação com ser mãe, ser pai é uma coisa bastante abstrata"

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

um filme de pessoas...

...de pessoas. do brasil.
...das suas particularidades.  do brasil.
...da sua forma de estar... de ser. do brasil.
master. edifício master.

edifício master
eduardo coutinho
[2002]

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ao:

"não me parece que seja a culpa, mas para não sentires culpa".
tudo estruturado e sem zangas ou ódios para não a sentir...
rumo ao grandioso prémio nobel.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

hoje, final da tarde.

take II.

onte, sessão dupla. à antiga.

primeiro,
a ligação/relação de haneke com o branco.
no fantástico, hipnótico e desconcertante "funny games".

funny games (brincadeiras perigosas)
michael haneke
[1997]
depois,
com o novo gus van sant. novo em tudo, exceto na sua "traça" de filmar.
fabuloso movimento da câmara à procura da expressão certa... do traço certo.
restless (inquietos)
gus van sant
[2011]

domingo, 15 de janeiro de 2012

antes e depois.

o ensino democratizou-se (é certo, mas por quanto tempo mais?) mas as oportunidades não são iguais para todas/os.

e posso falar (é certo, mas por quanto tempo mais?) mas não sei se as pessoas escutam.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ugresic´, incondicional.

escrita dura. geométrica. transparente.
tudo claro, limpo.
e ao segundo livro, eis que sou seu incondicional.
seu incondicional.

o museu da rendição incondicional
dubravka ugresic´
[2011 | o. 1996] 
"um fio de tristeza indefinida... os tramas sofridos nos anos formativos nunca se esquecem... algumas pessoas chamam-lhes nostalgia." 

sublime.

filme fantástico de um cineasta artista.
maravilhas da contemporaneidade. e da vivência de um tempo e de um pensamento que parece que nos querem roubar.
icónico. uma referência.

le quattro volte (as quatro voltas)
michelangelo frammartino
[2010]

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

sinais de quê?

europa, 2012:

http://www.bbc.co.uk/news/magazine-16472310

sinto "uma força a crescer-[me] nos dedos | e uma raiva a nascer-[me] nos dentes".

hoje, em 2012 e na europa.

"tem sempre direito se pagar!" [e o curioso pensamento...]

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

os famosos...

depois de tapa na pantera, os famosos e os duendes da morte.
um tapa em mim, nós, vós.
a ver. um realizador a seguir.

os famosos e os duendes da morte
esmir filho
[2009]

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

início(s).

hoje.
aquilo.
finalmente.

carnage.

mau de mais.
até para este polanski.
estranho. estranho. estranho.

carnage (o deus da carnificinia)
roman polanski
[2011]

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

enquanto isso...

por cá.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

sabe bem pagar tão pouco.

pingo doce?

josés.

[bateram as 12 badaladas!]

caro josé soeiro,

partilho consigo (contigo?) a idade, o signo e alguma "perspetiva das coisas". nada disso vale nada de nada.

hoje, além da idade, do signo e da "perspetiva das coisas" partilhamos saramago. e eu passei a guardá-lo (guardar-te?) num canto especial.

explico.

apostaria que a figura e o pensamento de Saramago o fascina. não que concorde entusiasta e cegamente com o seu pensamento e postura. nem que goste de tudo o que ele escreveu. mas certamente sente-se (sentes-te?) fascinado pelo seu percurso, pelo seu nobel, pela sua coerência, pela sua vontade.

aposto.

em fevereiro de 2009 ele tornou público um texto que escreveu intitulado "esperanças". partilho-o hoje consigo (contigo?). e faço-o porque na sexta li um texto seu (teu?) que funcionou em mim da mesma forma como esse texto de saramago havia funcionado. como um murro no estomâgo por vermos aquilo que pensamos sobre algum assunto escrito por outrem de uma forma impossível a mim que o pensei.

mais, com um clareza, simplicidade e incisão assustadora. Os Josés a entrarem na minha cabeça e a alfabetizarem o que sinto. Eu, analfabeto sentimental, a ler-me.

foi isto.

e foi [só] isto que pela primeira vez me fez escrever a um político. a uma pessoa com voz.
para dizer que lê-lo (ler-te?) foi um dos meus momentos do ano. eu, impaciente humanista (teoricamente, quasi-comunista), psicólogo, leitor compulsivo de tudo e todos... eu perdido amargamente no sentimento de que vivemos um momento [um lugar] onde a impossibilidade da emergência de novos discursos bloqueia o necessário "ser e fazer comunitário".

paro. paro e penso. porque é que estou mesmo a escrever isto?

percebo... enfim.

para, egoísta, o (te?) convocar. o (te?) convocar a ser(es?) voz.

faça (faz?) voz. crie (cria?) discurso. um novo discurso.

agrega-me.

por favor!

t.

"sobre a esperança tem-se escrito muito e discursado muito mais. tal como sucede com a utopia, a esperança foi sempre, ao longo dos tempos, uma espécie de paraíso dos cépticos. e não só dos cépticos. crentes fervorosos, daqueles que estão convencidos de que levam por cima das suas cabeças a mão compassiva de deus a defendê-los da chuva e do calor, não se esquecem de lhe rogar que cumpra nesta vida ao menos uma pequena parte das bem-aventuranças que prometeu para a outra. por isso, quem não está satisfeito com a escassez que lhe coube na desigual distribuição dos bens do planeta, agarra-se à esperança de que o diabo nem sempre estará atrás da porta e que a riqueza lhe entrará mais cedo ou mais pela janela. quem tudo perdeu, mas conservou ao menos a triste vida, considera que lhe assiste o humano direito de esperar que o dia de amanhã não seja tão desgraçado como foi o dia de hoje. supondo, claro está, que haja justiça neste mundo. ora, se neste planeta existisse alguma coisa que merecesse semelhante nome, não a miragem do costume com que nos iludem os olhos e a mente, mas uma realidade que se pudesse tocar com as mãos, é evidente que não precisaríamos de andar todos os dias com a esperança ao colo, ou embalados nós ao colo dela. a simples justiça (não a dos tribunais, mas a daquele fundamental respeito que deveria presidir às relações entre os humanos) se encarregaria de pôr todas as coisas nos seus justos lugares. dantes, ao pobre de pedir a quem acabava de negar a esmola, dizia-se-lhe hipocritamente que “tivesse paciência”. penso que, na prática, aconselhar alguém a que tenha esperança não é muito diferente de aconselhá-la a que tenha paciência. é muito comum ouvir dizer que a impaciência é contra-revolucionária. talvez seja, talvez, mas eu inclino-me a pensar que, pelo contrário, muitas revoluções se perderam por demasiada paciência. obviamente, nada tenho de pessoal contra a esperança, mas prefiro a impaciência. já é hora de que ela se note no mundo para que alguma coisa comecem a aprender aqueles que preferem que nos alimentemos de esperanças."


esperanças
josé saramago 

jornal de letras [10.02.2009]

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

mesmo assim, r.

"um beijo traz dor" -
concordando, cito
estas palavras que o sábio rodrigo escreveu -
e no entanto beijarei de novo.

tennesse williams

ao dia 1...

...chega o princípio do fim. do nosso fim.
r.

a la dignidad.

o filme arma.
para uns - os poderosos - arma perigosa... contagiante.
para outros - os nós, os dignos, os nadie - arma de inquietude... de vitalidade... de "el pueblo unido".

la dignidad de los nadies
fernando solanas
[2005]

domingo, 1 de janeiro de 2012

2012.

aspiro à banalidade.
anseio a banalidade.