segunda-feira, 16 de setembro de 2019

fds

granja, II.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

antónio ribeiro, variações.

variações resulta da perseverança (e do sonho) do joão maia de fazer do sérgio praia (imponente, no papel) antónio ribeiro, o barbeiro. imagens de um tempo e de uma personagem icónica, numa lisboa que se foi adaptando a ele (e não ele a ela). um muito interessante filme português de uma marcante personagem do século xx português. uma reflexão final, joão maia esteve muitos anos (mais de 15) a aguardar a possibilidade de fazer o filme. com isso diz que ganhou o filme algumas coisas mas perdeu uma filmagem que queria fazer do antónio a descer uma rua do bairro alto. diz ele que a sempre imaginou no filme e não a pode fazer pois o bairro alto hoje é impossível de ser filmado assim - o tempo; o tempo.

variações
joão maia
[2019]

terça-feira, 10 de setembro de 2019

profundo. profundo.

palma de ouro em cannes, um filme à audiard, forte no argumento, forte nas intenções e confrontativo q.b. a partir de uma família (não-família e depois família), uma imagem que, não estando no seu melhor, é realmente interessante e com capacidade de gerar memórias fortes e intensas de imagens do filme: por exemplo, a linha branca a ser cravada no chão na separação; ou a pausa na imagem aquando dos disparos na direcção do seu carro. no restante, só quem vive sabe o que vive. só mesmo quem vive.

dheepan
jacques audiard
[2015]

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

como morrem (são mortas) as democracias.

vivemos um tempo histórico complexo. nestes dias em londres, num programa de rádio, uma ouvinte, entre um tratamento agressivo face a quem tem reticências sobre a saída a todo o custo do uk da união europeia, rematando com um "haverá uma guerra civil no reino unido se não se sair até 31.10". não, não haverá mas é incrível como aqui chegamos.
este livro (trabalho) ajuda-nos a compreender um pouco melhor como afinal aqui chegamos, propondo-se sintetizar na tolerância (face aos adversários, não os tratando como inimigos) e na auto-limitação institucional / auto-contenção (não utilizar instrumentos democráticos para fragilizarar o contraditório, o sistema de pesos e contrapesos e, logo, a própria democracia) como a forma de proteger, pelos democratas e pela democracia, este sistema. também a nota do respeito da princípios históricos ainda que não formalmente definidos - excelente o exemplo da limitação de dois mandatos, prática nos EUA quase completa e apenas na Lei desde 1951.
um livro actual que chega e termina com trump. com trump.

como morrem as democracias
steven levitsky & daniel ziblatt

"a história não se repete. mas rima. [importa] descobrir essas rimas antes que seja tarde demais."

"linz, quatro sinais de alerta comportamentais relativamente a autoritários: 1) rejeita, por palavras ou actos, as regras democráticas do jogo; 2) nega a legitimidade dos adversários; 3) tolera ou encoraja a violência; 4) indica a disposição para restringiras liberdade cívicas dos adversários, incluindo os media"

"washington foi aprendendo que "obtinha poder pela sua disponibilidade para abdicar dele"

sábado, 7 de setembro de 2019

london; set. 19

brexin, em semana "quente" de Brexit.
be2019.