segunda-feira, 9 de setembro de 2019

como morrem (são mortas) as democracias.

vivemos um tempo histórico complexo. nestes dias em londres, num programa de rádio, uma ouvinte, entre um tratamento agressivo face a quem tem reticências sobre a saída a todo o custo do uk da união europeia, rematando com um "haverá uma guerra civil no reino unido se não se sair até 31.10". não, não haverá mas é incrível como aqui chegamos.
este livro (trabalho) ajuda-nos a compreender um pouco melhor como afinal aqui chegamos, propondo-se sintetizar na tolerância (face aos adversários, não os tratando como inimigos) e na auto-limitação institucional / auto-contenção (não utilizar instrumentos democráticos para fragilizarar o contraditório, o sistema de pesos e contrapesos e, logo, a própria democracia) como a forma de proteger, pelos democratas e pela democracia, este sistema. também a nota do respeito da princípios históricos ainda que não formalmente definidos - excelente o exemplo da limitação de dois mandatos, prática nos EUA quase completa e apenas na Lei desde 1951.
um livro actual que chega e termina com trump. com trump.

como morrem as democracias
steven levitsky & daniel ziblatt

"a história não se repete. mas rima. [importa] descobrir essas rimas antes que seja tarde demais."

"linz, quatro sinais de alerta comportamentais relativamente a autoritários: 1) rejeita, por palavras ou actos, as regras democráticas do jogo; 2) nega a legitimidade dos adversários; 3) tolera ou encoraja a violência; 4) indica a disposição para restringiras liberdade cívicas dos adversários, incluindo os media"

"washington foi aprendendo que "obtinha poder pela sua disponibilidade para abdicar dele"

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