Rosie...

"Não é bom acordarmos todos os dias num lugar diferente".

Ou como a exclusão e pobreza afectam todas as pessoas e estão ao virar da esquina ou ao passar do tempo... Narrativa de uma Irlanda onde, quase contraintuitivamente, o número de pessoas sem tecto aumentou e aumenta significativamente a cada mês.

Excelente (e duro) argumento ("um trabalho, sem casa / parece a brincar") que tem ainda o pormenor do concerto da Lady Gaga em Dublin e o que ele impacto nas pessoas apoiadas em emergência.

Rosie, uma família sem tecto

Paddy Breathnach

[2018]

o meu amigo é... ninja.

filme muito interessante que toca a dimensão da vingança por vezes com brutalidade (e realidade), considerando a possibilidade de crianças a ele assistirem.

muito focado no que é hoje a sociedade, a escola, os processos e desafios de desenvolvimento.

a ver... e a falar com que o vemos.

o meu amigo é ninja

thorbjorn  christoffersen & anders matthesen

[2018]

Racionalidade - O que é, porque parece rara e porque importa

A racionalidade discutida a fundo... Ainda que sem acrescentar fundamentalmente a outros livros e ao seu pensamento... Ao seu muito importante pensamento.

Racionalidade - O que é, porque parece rara e porque importa

Steven Pinker

[DEZ22]

a rapariga em chamas.

grande filme de uma fotografia e poesia incríveis.

momentos de enorme intensidade como o vestido em chamas (imagem de capa) ou a interrupção da gravidez com um bebé a brincar por perto.

a rapariga em chamas

Céline Sciamma

[2019]

a felicidade...

um filme longe de fantástico mas que permite uma reflexão acurada sobre a ideia da busca da felicidade e dos determinantes individuais e da tirania do mérito na mesma, particularmente pela presença de um menor na história.

A reflectir...

a busca da felicidade

gabriele mucciano

[2006]

3 andares...

voltei a nanni moretti...

3 andares é um filme muito seu... não escrito (mas podia) mas realizado, produzido e interpretado. um filme muito dele e, por isso, muito meu.

três andares

nanni moretti

[2021]

raposa

Não ao nível dos dois anteriores que li mas.... Dubravka.

Raposa 

Dubravka Ugresic 

[Outubro, 2022]

Raposa, enquanto sonha chucha na ponta da cauda como um bebé no polegar.

No circo, tudo remete para a dificuldade. Acima de tudo, o segredo do circo está na dificuldade e na estranha.

ditadura(s)

Excelente trabalho a questionar de forma sempre interpelante a felicidade, hoje. Na sua relação com a meritocracia, com a solidão, com a sociedade e o consumo... Com a culpa, na perspectiva de como a "ciência da felicidade não só nos obriga a ser felizes como ainda nos culpa se não tivermos uma vida mais bem sucedida e satisfatória".

Na busca de reflectirmos sobre esta pergunta-chave que a autora e o autor colocam:"A quantas gerações já se disse que a solução para os seus problemas era desenvolverem o seu verdadeiro eu, mas quantas se esforçaram em vão para o encontrar?”

A ditadura da felicidade

Edgar Cabanas e Eva Illouz

[Agosto de 2022]

O que os números escondem

Livro, talvez, menos interessante do que esperava mas, nem por isso, pouco importante.

Trata muito do que definirá o futuro e um eventual caminho para mais democracia, mais equidade e, essencialmente, com resposta aos principais desafios societais.

O que os números escondem 

Tim Harford 

[Agosto de 2022]

Realismo Ingénuo - Entendermos que vemos a realidade como ela é exactamente (surpresa quando as eleições não resultam no que esperávamos)

Richard Thaler - “Penso que a crise de replicabilidade foi excelente para a Psicologia (…) se daqui a 5 anos fizemos outro grande projecto de reprodutibilidade veremos uma melhoria drástica”.

“O poder de não coligir dados é uma das fontes de poder mais importantes e menos compreendidas de que os governos dispõem… Ao recusarem-se a reunir conhecimentos logo à partida, os decisores exercem poder sobre todos nós.” (Ana Powell- Smith)

Weapons of mass descruction - sub titulo do livro de Cathy o´neil avisa que os grandes dados ameaçam a democracia e aumentam a desigualdade.

as novas rotas (da seda)

Na introdução do livro, Peter Frankopan disse que um amigo que o leu o descreveu dizendo que "estava extremamente confortado" porque o livro lhe permitiu "realizar que a mudança é normal, que as transformações nos centros de poder são comuns e que o Mundo caótico e pouco familiar, afinal, não é estranho e incomum".

Assim é. E o livro isto mesmo trata. O passado mas particularmente o presente que nos projectará o futuro. Compreender as mudanças para a elas melhor nos adaptarmos.

The new silk roads

Peter Frankopan

Era uma vez...

Não, na América. Mas em Hollywood.

Aqui, Tarantino a ser Tarantino. Grande, sempre.

Era uma vez em Hollywood

Quentin Tarantino

[2019]

tirania do mérito...

Importante livro, importante e pertinente reflexão.

Sandel explora bem o papel e as consequência da abordagem ao mérito da sociedade contemporânea. "À medida que a meritocracia se intensifica, ficamos tão consumidos pelas nossas aspirações que perdemos de vista esta dívida de gratidão"... "Para os jovens, em particular, é um fardo pesado [com consequências na saúde, incluindo psicológica, e bem-estar] e tem efeito corrosivo nas sensibilidades cívicas ao apelar à autosuficiência e a centração no individual afastando-nos de sentimentos essenciais ao bem-comum - gratidão, humildade, ...".

Diz, Sandel, que "atitudes em relação ao sucesso e fracasso acompanham as desigualdades" e "os que não prosperam nesta nova economia sentem que são olhados com desprezo pelos que o conseguem fazer".

Assim, e resumidamente, "entre os vencedores gera arrogância, entre os perdedores gera humilhação e ressentimento. Sentimentos morais que estão no cerne da insurreição populista contra as elites."

A tirania do mérito

Michael J- Sandel

[Julho, 2022]

Tina...

a única coisa com que fiquei (o nome) e que me devolveu.... vida.

as vidas das pessoas...

tina

daniel lindsay

[2021]

This is not...

propaganda.

documento interessante sobre a "informação", hoje. Sobre a actualidade e a racionalidade. Sobre um enorme desafio à nossa existência enquanto sociedade e comunidade.

this is not propaganda

peter pomerantsev

David e Golias

 Talvez o menos interessante (por menos complexo e denso) livro de Gladwell que já li. Ainda assim um documento interessante que suscita algumas reflexões sobre o porquê de, por vezes mas não todas as vezes, a adversidade gerar transcendência e maiores capacidades.

David e Golias

malcolm gladwell

[2013]

“Golias tinha tantas hipóteses contra David como qualquer guerreiro da idade do bronze armado com uma espada contra uma pistola automática de calibre .45” (Robert Dohrenwend)

“Temos uma definição muito rígida e limitada do que constitui uma vantagem. Consideramos úteis coisas que na realidade não o são e consideramos inúteis coisas que nos tornam mais fortes e avisados”.

o implicado.

pelo pessoa, antes de mais. pelo conceito base do filme e o que (o) envolve. pelo filme. pelo local da antestreia e pela forma. pela liberdade, sempre. por tudo, que bom.

salgueiro maia - o implicado

sérgio graciano

[2022]

mais uma...

rodada, mas poderia ser mais uma de muitas XXX que servem o propósito de preencher a vida. A vida dura, difícil, complexa mesma numa Dinamarca, expoente de recursos e de possibilidades de bem-estar... Uma Dinamarca onde o álcool...

Um filme que, apesar de tudo (e tudo inclui a trágica perda de Ida, filha do fantástico Vinterberg pouco depois do início das filmagens num acidente de viação), celebra a vida, a reparação, mostrando com uma força tremenda a perda. Celebremos a vida.

mais uma rodada

thomas vinterberg

[2020]

Munique...

um argumento "real" com um valor em si e por si incomparável a outros, potenciais, "não reais".

um filme não grande filme mas de uma reflexão profunda sobre até onde... até onde... e com uma música que sobra de tudo o resto...

munique - à beira da guerra

christian  schwochou

[2021]

don't end...

 "Quando recordo a minha infância... O que tornava o meu dia... suportável. Tinha uma tia já idosa. Era muito baixinha e geria a casa, onde doze pessoas jantavam todos os dias. Ela via-me. As crianças têm de ser vistas e cuidadas. Têm de sentir carinho. Alguém que se importa. Foi isso que me salvou. Nos momentos sombrios, pensava: Tenho a tia Hilma. E disse que posso ir ter com ela, quando as coisas ficarem difíceis. E mesmo com doze pessoas em casa, ela tinha espaço para mim. Acho que todas as crianças nascidas da guerra precisam de uma tia Hilma."

Assim, sem mais... Nunca acabam e todas/os as crianças, particularmente as nascidas da guerra, necessitam de uma tia Hilma.

as guerras nunca acabam

dheeraj akolkar

[2018]

Fábrica Americana.

um documentário complexo numa busca muito difícil do chão comum e num misto de compreensão / incompreensão, esperança / desesperança. sempre, o trabalho. a vida, o trabalho.

american factory

steven bognar e  julia reichert

[2019]

o infinito...

o livro e tudo quanto trás como infinito...

delicioso livro. deliciosa viagem. deliciosa (embora por vezes tremendamente injusta e brutal) história a deste nosso Mundo.

o infinito num junco

irene vallejo

è stata la mano...

de dio. de maradona. icone de uma cidade icone de uma parte de um país icone de parte da europa e do mundo. uma nápoles vista na sua complexidade e beleza com uma profundidade "sorrentiniana". um filme belíssimo, até e também no absurdo, quando absurdo.

a mão de deus

paolo sorrentino

[2021]