quarta-feira, 18 de maio de 2011

deambulações.

aqui...

"a raridade não está naquele momento em que julgamos encontrar a pessoa certa; é sim, passado tanto tempo, aquela ainda ser a pessoa certa. até que o tempo desista de si próprio."
(e) aqui...


"não estarás tu a par do caso das eleições?
- não, nunca leio os jornais.
- esse não vinha nos jornais. contaram-mo.
- diz lá então.
- ora ouve! o caso passou-se há pouco tempo, numa aldeola do baixo egipto, durante as eleições para a junta de freguesia. quando os funcionários do governo abriram as urnas, notaram que na maioria dos boletins de voto estava escrito o nome bargute. ora os ditos funcionários do Governo não conheciam tal nome, que não figurava na lista de nenhum partido. inquietos, logo se puseram à cata de informações; e acabaram por saber, pasmados de todo, que bargute era o nome dum burro por quem toda a gente da aldeia nutria muita estima, por via da sabedoria do animal. quase todos os moradores tinham votado nele. que me dizes tu a esta história?"

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