sexta-feira, 29 de abril de 2011

o verdadeiro dia da mulher.

hoje passam 44 anos que a aretha a cantou pela primeira vez...
como se fosse [a] única.
respect!!!

vergílio, vergílio.

como este homem amou.
como amou.

"são um povo evoluído os esquimós. têm a genialidade do que é simples, que é o mais complicado"

"mas ela não entende que o maior prazer de quem precisa é haver quem precise mais"

quinta-feira, 28 de abril de 2011

48

sou tão (tão) pequenino perante estas Pessoas.

48
susana sousa dias
[2010]

amar-te...

amar-te é sentir uma pulsação e não perceber se é a minha ou a tua.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

200000

avante!

cuidado...

terça-feira, 26 de abril de 2011

(re)conhecer

e se eu te dissesse que não te reconheço, não por teres mudado, mas porque eu próprio mudei?

roth, roth.

"suicidar-me seria idiota. mas tive alguns amigos que o fizeram. todos os que cometem suicídio têm uma escolha, que é sair disso, mas não conseguem."

philip roth

watson, patrick watson.

músico(s) fantástico(s).
um concerto. um concerto.
a acabar assim...
sem ela. por ela.



patrick watson
aula magna
[25.04.2011]

segunda-feira, 25 de abril de 2011

sempre. por um mundo sem "orbán(s)".

era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra
(...)
ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo 

ary dos santos

porque o início é aquilo que connosco fica até ao fim, façamos abril... vivamos abril.
por ti.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

porto.

hoje (e ontem), cinzento porto.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

propósitos.

"os propósitos de vida não se dividem em úteis ou inúteis, justos ou injustos, para isso há decálogos que cheguem. não matarás não é um propósito de vida, é uma regra. sscrever pode ser um propósito de vida. amar aquela pessoa pode ser um propósito de vida. porque não se sabe onde vai dar nem o que nos trará pelo caminho. mas sabe-se que uma vez começado jamais poderemos continuar como se nunca tivesse começado."

luís mourão

a verdadeira liberdade.

"nada se pode esperar. nada se pode oferecer aos altares vazios da história e da utopia. acabou o tempo em que os faraós inscreviam seu nome nas rochas do tempo. para cioran os ciganos são o verdadeiro povo eleito: triunfaram do mundo por sua vontade de não fundar nada nele"

marco lucchesi

aqui e ali.

contos dos subúrbios.

ontem acabei-o.
acabei-o quando acabei aqui. decisão simples, seria na primeira em que a partilharia com um azul céu ou na última antes de me fartar.
e assim foi, isto:

"só nessa altura, à luz dos potentes faróis que varriam a estrada, vi a nossa carga pela primeira vez: as patinhas fragéis que tentavam segurar-se a qualquer coisa, as minúsculas cabeças indescrutáveis a olhar em todas as direcções, as bocas silenciosas a abrir e a fechar. nove tartarugas pequeninas - não tínhamos podido salvar mais, só aquelas nove. viraram a cabeça para mim, com os olhos que pareciam botõezinhos pretos, do tamanho de cabeças de alfinete, a pestanejar. só consegui pensar numa coisa, e explodi num berro a lançar-nos para a escuridão: acelera! acelera! acelera!"

aqui:

terça-feira, 19 de abril de 2011

fish tank.

o foca desfoca.
a não-existência de fronteira entre o (in)dispensável.
força bruta. na simplicidade do acto. na inevitabilidade do acto. e...

fish tank
andrea arnold
[2009]

segunda-feira, 18 de abril de 2011

coraline não caroline.

selick, absolutamente selick.
do embalo do genérico ao embate do "cuidado com o que desejas".
aqui. em mim.

coraline
henry selick
[2009]

domingo, 17 de abril de 2011

galo(s) de ouro.

primeiras linhas de um quente, vivo e apaixonante rulfo.

diz roa bastos "só quando um autor soube entregar-se até este ponto é que deixa, na essência da linguagem - social, por natureza - a essência da vida na vida das formas simbólicas."

e que linguagem... como que a américa do sul em pequenas letrinhas... que vida.

"ambos partiram em direcção à ausência."

"pois árvore que não enraíza, não cresce."

sábado, 16 de abril de 2011

ggm

"...pois nem então, nem nunca, eu tinha escrito para ser famoso, mas sim para que os meus amigos gostassem mais de mim".
eu gosto de ti marquez. gosto de ti.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

beijo.

por que me descobriste no abandono
com que tortura me arrancaste um beijo 

por que me incendiaste de desejo
quando eu estava bem, morta de sono

com que mentira abriste meu segredo
de que romance antigo me roubaste
com que raio de luz me iluminaste
quando eu estava bem, morta de medo

por que não me deixaste adormecida
e me indicaste o mar, com que navio
e me deixaste só, com que saída

por que desceste ao meu porão sombrio
com que direito me ensinaste a vida

quando eu estava bem, morta de frio

chico buarque

palminha.

grande na luz.
talvez também no som.
e no perspectivar.
mas...

loong boonmee raleuk chat
(tio boonmee que recorda as suas vidas passadas)
apichatpong weerasethakul
[2010]

segunda-feira, 11 de abril de 2011

rulfo.

ando a descobrir o rulfo.

esta manhã, 08.40h, caminho sob um céu azul céu a ler. desfruto a brisa última de um dia que será quente. lei-o compulsivamente e...

"ontem à noite sonhei que te amava,
como se ama uma vez na vida
despertei e tudo era mentira,
nem sequer me lembro de ti."

ai.

hoje, cortázar.

 "Em suma, desde pequeno, a minha relação com as palavras, com a escrita, não se diferencia da minha relação com o mundo em geral. Parece que nasci para não aceitar as coisas como me são dadas."


(J. Cortázar)

nobre (?), fernando.


entronizações à parte, nobre obteve um fantástico resultado nas últimas eleições presidenciais.

ouvi o seu discurso nesse dia com atenção. até aceitei a sua consideração vitoriosa. não percebi a inexistência de uma palavra para a "brutal" derrota de todos os candidatos (cavaco silva reeleito na primeira volta).

não percebi. continuei sem perceber. até hoje.

mais um movimento de cidadãos que se desmorona porque o seu "líder", numa "pulsão de poder" vai... vai, vai e vai.

enfim.

descrédito sobre descrédito sobre descrédito.

assim estamos.

domingo, 10 de abril de 2011

carolinas de todo o mundo, uni-vos!

carolina, 10 anos, se fosse primeiro-ministro dava uma família a cada português(a).

sábado, 9 de abril de 2011

desprendamo-nos, sim?

"é desprendermo-nos das coisas de que não precisamos e viver de uma maneira mais leve. nós portugueses comos muito agarrados às coisas: somos tralhistas e deveríamos ser sucateiros. o tralhista acumula, o sucateiro recicla."

miguel esteves cardoso
[p2; 8.4.11]

quinta-feira, 7 de abril de 2011

fmi e o país limpinho...

...sócrates quer parecer limipinho. bem.
o fmi quer o país limpinho. bem.
o bem. e o mal. e o julgar.
assim estamos...

terça-feira, 5 de abril de 2011

epitáfio do apaixonado.

sim, mas...

"se alguém quiser escrever a minha biografia
não há nada mais simples.

à sua disposição tem apenas duas datas:
a do dia em que te conheci
e a daquele em que te foste.

entre uma e outra decorreu a minha vida.
o que sucedeu antes, esqueci-o.
o que acontece agora, carece já de importância."

juan bonilla

as oportunidades surgem quando menos se espera...

...reza assim a carta que hoje mesmo recebi do bes.

e diz: "o bes coloca à sua disposição um crédito pré-aprovado até 20000€".

a imoralidade é escola neste nosso cantinho. escola.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

(o mundo e a) ausência às aulas desta semana.

"
date: mon, 4 apr 2011 19:57:33 +0100
subject: ausência às aulas desta semana
from: ...
to: ...


caros professores,
venho por este meio informar que devido a motivos financeiros não poderei estar em évora para assistir às aulas desta semana. ser-me-á possível justificar estas faltas? como?
grata pela atenção,
... , 25...
"

que mundo. que mundo.

john cage.

"uma vez tive um emprego a lavar pratos no salão de chá pássaro azul, em carmel, califórnia. trabalhava 12 horas por dia na cozinha. lavava todos os pratos, panelas e sertãs, esfregava o chão, lavava os legumes, caixas de espinafres, por exemplo; e se a dona aparecesse e me encontrasse a descansar, mandava-me para as traseiras cortar madeira. ela pagava-me um dólar por dia. um dia soube que um pianista famoso vinha à cidade para um recital, e decidi terminar o meu trabalho o mais rápido possível, a fim de chegar ao concerto sem perder muito. assim fiz. por azar, o meu lugar era ao lado do da proprietária do salão de chá pássaro azul, a minha patroa. eu disse: "boa noite". ela olhou para o outro lado, sussurrou para a filha. levantaram-se e abandonaram a sala."

raparigas?

o desconcertante olhar da mulher que escreve sobre o homem.

um livro, livro. um olhar, olhar.

gosto-te edna.

raparigas da província
edna o'brien
[2010]

"mas depois disso eu não ouvi mais nada, porque não se ouve nada, nem ninguém, quando todo o nosso corpo grita e grita pela coisa que perdeu. que perdeu. que perdeu." (p. 57)

"ele escapuliu-se justamente quando as coisas estavam perfeitas, como se não conseguisse suportar a perfeição" (p. 192)

"chorei durante muito tempo na cama, até que comecei a sentir muito frio. uma pessoa começa sempre a sentir mais frio, depois de passar horas a chorar. por fim levantei-me e acendi a luz. desci a escada para ir fazer uma chávena de chá. ainda tinha o telegrama na mão, feito numa bola. voltei a lê-lo. dizia exactamente a mesma coisa." (p. 212)